Dar fim os pelinhos nem sempre foi uma tarefa fácil, entre a tortura da cera e o incômodo da lâmina, muitas mulheres – e homens – sofriam um bocado para ficar bonitas. Até que a tecnologia trouxe a depilação definitiva, que apesar do nome, na verdade não dura para sempre, mas dá um bom tempo de descanso para a pele. Sem sofrimento, sem dor e sem o risco de cortes e irritação, a depilação a laser e a fotodepilação logo conquistaram um lugar cativo no mercado. Mas qual das duas é a melhor? Você sabe a diferença entre elas? Conheça as características de cada uma, em que elas diferem e descubra qual o melhor método para você.
Depilação a laser
O princípio da depilação a laser é a fototermólise seletiva, pela qual algumas estruturas do corpo captam mais calor e energia do que outras quando expostas à luz. Neste caso, essa estrutura é a melanina presente no pelo que recebe mais energia do laser do que a pele. O laser, que por sua vez é uma luz de cor única, ou seja, com apenas um comprimento de onda, é transmitido até o folículo piloso, que é onde o pelo é gerado, destruindo-o. Por isso, também, os pelos que têm menos melanina (os loiros, brancos ou ruivos) respondem menos ao método. Apesar de simples, esse mecanismo é delicado, e peles bronzeadas, morenas ou negras precisam de mais cuidado porque a melanina do pelo pode se confundir com a da pele.
Método pode ser doloroso
Em alguns casos são usadas pomadas anestésicas e jatos de ar frio, porque a técnica pode ser dolorosa. A depilação a laser é contraindicada a gestantes e pessoas com infecções ativas na área a ser depilada. Também é possível haver alguns efeitos colaterais, como hipopigmentação e hiperpigmentação (manchas claras e escuras), vermelhidão, dor, coceira, irritação, hipertricose paradoxal (crescimento repentino dos pelos em vez da sua redução) e pequenas feridas na pele. Há também risco de queimadura caso a técnica não seja aplicada corretamente.
Redução dos pelos pode chegar a 84%
O processo de eliminação dos pelos é progressivo, mas desde as primeiras sessões já é possível observar os resultados. As áreas que melhor respondem à depilação a laser são axilas, virilha, perna e barba. Já o buço, que tem o pelo muito fino e por isso pouco atrai o laser, e o dorso masculino, onde pele é mais espessa, dificultando a chegada da energia ao pelo, não têm bons resultados.
A depilação não é definitiva existem células totipotenciais, que não morrem porque não têm melanina para capar a energia, por isso podem produzir novo pelo quando acontecem alterações hormonais, como na menstruação, por exemplo, ou o uso de medicamentos. A estimativa é que, a longo prazo (cerca de 18 meses), haja uma redução de 74% a 84% na quantidade de pelos.
Fotodepilação
É uma técnica muito menos agressiva do que a depilação a laser. Ela é feita por luz pulsada de baixa intensidade e outras ondas que enfraquecem o bulbo, até destruí-lo. Um equipamento emite a luz intensa pulsada que destrói as células germinativas do pelo – que só volta a crescer depois que elas se regenerarem o que pode levar de meses a anos ou até nunca mais, em alguns casos. Essa energia é inespecífica, atingindo a melanina do pelo mas também o que está ao seu redor.
Método é menos invasivo e indolor para a maioria das pessoas
Por ser menos invasivo, o método também é menos dolorido, chegando a ser considerado indolor pela maioria das pessoas, mas de um modo geral a sensação descrita é de uma leve fisgada. Por ser um método mais suave, a fotodepilação requer um número maior de sessões, que variam de acordo com cada caso. A fotodepilação é especialmente indicada para quem tem problemas de foliculite pilosa, sendo muito eficaz em acabar com os pelos encravados.
Gestantes, pessoas com infecções ativas no local, pele bronzeada ou vitiligo não devem fazer a fotodepilação sob risco de hipo ou hipercromia, que são alterações na cor da pele. Também devem evitar o tratamento pessoas em uso de medicamentos que aumentem a fotossensibilidade, como alguns antibióticos e antiacneicos.
Ela é indicada para praticamente todas as áreas do corpo, à exceção das sobrancelhas, dentro do nariz e ouvidos, partes que não devem ser depiladas por nenhum dos dois métodos. É preciso que antes de fazer a fotodepilação o pelo não tenha sido arrancado pela raiz no último mês e não pode haver vermelhidão. Qualquer tratamento com ácido também deve ser interrompido com 72 horas de antecedência.
Resultados podem durar de 4 meses a 2 anos
Geralmente três semanas após a primeira sessão os resultados já podem ser observados, devendo haver um intervalo de aproximadamente 30 dias entre as primeiras sessões. Os resultados podem durar de quatro meses a dois anos, dependendo de cada caso. É possível que haja irritação, inchaço, vermelhidão e a formação de pequenas feridas brandas, mas estes sintomas desaparecem naturalmente entre 48 e 72 horas. Da mesma forma que no tratamento a laser, também pode haver aumento paradoxal de pelos.
Conclusão
A luz intensa pulsada atinge uma temperatura bem menor que a do laser, oferecendo menos riscos de mudanças temporárias na coloração da pele e queimaduras. Por isso, o método é menos agressivo, podendo graduar a intensidade do espectro de luz de acordo com a espessura do fio.
E então, já tomou a sua decisão ou ainda ficou alguma dúvida sobre a fotodepilação? Você já fez alguma das duas técnicas? Compartilhe conosco a sua experiência!